segunda-feira, 12 de março de 2012

A Assinatura de Deus

De nossa janela, nave escola: Terra.

Desafio 2012



Formas retilíneas contrastando com a sinuosidade da Jurema
  • Jurema (Chloroleucon tortum), com seus galhos tortuosos, tronco descamante e acinzentado e minúsculas folhas.
  • Assim, em um vaso de linhas retas com formas geométricas lembrando os poliedros...
Objetivo: processo de produção vaso poliédrico.

domingo, 11 de março de 2012

O Processo e Concepção do Vaso de Cimento

Primeira e Segunda Geração

Segunda Geração
Terceira Geração (último vaso à direita)
Início do processo: maio/2008.
Em visita a um site/blog (não foi anotado na época, mas vários resultados são obtidos pelos sites de pesquisa) forneceu-me o seguinte procedimento:
  1. Preparar a parte interna do vaso utilizando-se areia umedecida para moldar o vaso. Neste caso, preparei uma forma em madeira a qual possui somente as laterais.
  2. Em uma superfície de madeira de tamanho maior que a forma que moldará a areia, é colocada a mesma virada de cabeça para baixo e preenchido com a areia previamente umedecida.
  3. Após este preparo misturo a argamassa na seguinte proporção: 1,5:1 (areia:cimento), faço a misturas dos componentes e vou adicionando água até que atinja a consistência necessária para o trabalho.
  4. Após a secagem e cura do vaso, a desforma é feita retirando-se a areia contida no interior do vaso, lavando-o com água, deixando-o para secar e posteriormente aplicando impermeabilizante para concreto (Neutrol).
  5. Depois de 15 dias o vaso está pronto para receber a planta.
O vaso foi sendo desenvolvido durante a evolução da técnica, por tentativa e erro, o que resultou em algumas perdas e uma inevitável evolução.
Com a primeira geração, obtive um tipo de vaso que atendeu muito bem as minhas expectativas, pois puderam receber diversas árvores permitindo seus desenvolvimentos sem maiores dificuldades. Busquei nesse momento um acabamento rústico pensando que externamente pudesse vir a se fixar liquens e musgo. O que aconteceu, mas não foi um efeito que me agradou.
Na segunda geração de vasos, procurei agregar peças cerâmicas e pastilhas coloridas, o que deu um efeito diferenciado, mas devido ao ângulo de inclinação das paredes laterais e a moldura lateral na parte superior dos vasos, este acabamento ficou escondido.
Na tentativa de tornar o acabamento de pastilhas mais aparente resolvi suprimir a moldura o que revelou um novo vaso com forma pura e mais fácil de ser produzido, pois eliminava a etapa da modelagem da moldura. Esta eu considero a terceira geração de vasos de cimento. Após obtive vasos com pastilhas incrustadas, o que deu nova aparência aos vasos.

Estudos Bonsai

Projeto Bonsai

Início: 2002
Local: Campinas – SP

A idéia de cultivar bonsai teve início alguns anos antes quando um amigo estava cultivando uma pequena árvore de Uvaia a qual a semente havia sido coletada na calçada da rua onde moro.

Não fazia idéia de que árvores brasileiras poderiam tornar-se bonsai. Acreditava que eles eram árvores especiais existentes somente no Japão e que não dariam certo aqui no Brasil.

Então resolvi fazer minhas primeiras experiências com sementes de Paineira e Sibipiruna (esta última eu tinha conhecimento de um bonsai e sementes não faltavam nos bosques da redondeza), o que provou mais tarde, minha total incapacidade de mantê-las vivas...

Embora alguns brotos mortos (não havia produzido grande quantidade de mudas), uma de Paineira sobreviveu e encontra-se hoje com meu irmão Rodrigo.

Tudo isso aconteceu por volta do ano de 1996 e a idéia manteve-se não como um hobby, mas pura e simplesmente como curiosidade de ver até onde iria chegar com tais mudas, as quais se tornaram árvores com o passar dos tempos.

Após meu retorno de uma viagem realizada para a cidade de Fortaleza encontrei-me mais uma vez desempregado e sem perspectivas de como empregar meus conhecimentos de arquitetura assim como uma vontade imensa de realizar trabalhos ligados a área de paisagismo, pois havia trabalhado com um grande paisagista da cidade e muito me alegrava tal idéia.

Foi quando em uma de minhas saídas para caminhar no Bosque São José, perto de casa, que algumas árvores chamaram minha atenção. Isso já no verão de 2002.

As árvores que observara tinham seus troncos muito manchados e retorcidos, não eram de grande porte, seus galhos evitavam sempre a linha reta. Suas vagens eram muito diferentes do que havia presenciado até então: retorcidas, mais tarde definidas como formação intestinal, possuindo muitas sementes e podiam ser encontradas no chão em grande quantidade. Uma coisa que não percebi neste primeiro momento foi o perfume que as árvores deixavam no ar no período de colheita.

Esta árvore tinha tudo que eu imaginava em um bonsai: forma, ramificação, coloração. Foi por isso que resolvi fazer uma experiência de germinação com as sementes.

Obviamente não foram muitas sementes que colhi e coloquei no algodão com água, como fizera até então com minhas tentativas com feijão, na minha infância escolar.

Destas, várias sementes germinaram, outras tantas morreram e uma muda em particular chamou minha atenção por sua resistência e persistência em viver! Uma vez que várias haviam morrido desidratadas (cultivava-as em copinhos plásticos de café em cima de minha prancheta, em meu quarto).

Foi assim que tudo começou. Tateando aqui, experimentando ali, errando muitas vezes, acidentes acontecendo constantemente... mas de alguma maneira a muda que vingou (a primeira de muitas!), esta sempre mostrava-me que deveria continuar o trabalho e plantar cada vez mais. E assim o fiz.

Na época, internet era coisa para poucos e para mim menos ainda: conexão discada, tudo muito lento e eu com pouco conhecimento e idéia de onde procurar informações sobre plantas...

Em 2006, já com diversas mudas, a primeira mostrando-m cada vez mais seu potencial para ser um bonsai, batizei-a de Rainha Mãe. Nessa época muitas outras mudas haviam sido agregadas a minha coleção: laranjeira, jabuticabeiras, romans e tantas outras.